Nosso Par Ideal

Lidia VillelaArtigos, Astrologia Prática

Quanto caminhamos na vida buscando o nosso par ideal, o amigo ideal, o filho maravilhoso? Procuramos naqueles que chamamos de “nossos”, tudo de bom! O que será esse “tudo de bom”? Será que é aquele que faz o que queremos? Que atende às nossas expectativas? …. Não seria este uma obra retocada por nossa vontade e não a original. Será que é aquele que “nos completa”? Completar o quê, se já somos um Ser completo?

O que seria, portanto o “par ideal”? Creio que todas as pessoas que passam pela nossa vida, algumas permanecem mais, outras menos tempo, mas são sempre um estímulo e um desafio. Acredito realmente que a vida é um processo de aperfeiçoamento, que amar é o grande desafio: amar nossos pais, filhos, amigos e daí expandindo cada vez mais esta vibração de afeto aos vizinhos e a qualquer ser humano. E cada um com suas características nos obriga a trazer de dentro de nós os nossos próprios talentos, seja pelas semelhanças ou diferenças, e estes me parecem ser os mais ricos, o quanto temos que sair do nosso próprio egoísmo e nos aproximar do outro para compreender o seu modo de ser. Isto em geral requer paciência e estar aberto a novas experiências.

O “par ideal” é aquele que torna a trajetória da vida mais rica, mais estimulante e nos dá oportunidade de sermos cada dia melhor.

Através da análise comparativa dos Mapas Astrológicos fica muito claro o quanto um fortalece as virtudes do outro ou o desafia a superar suas próprias dificuldades, que não são exatamente os iguais que permanecem juntos em felicidade perene, mas são aqueles que aceitam os desafios da convivência.

“Ser ideal” é abrir-se nos sentimentos e se observar, observar sempre, o estimulo que nos desabrocha e o desafio que nos obriga a nos superar, é aceitar a nossa própria maneira de Ser para assim compreender as diferenças do outro e aceitar, se não for possível, ao menos compreender…

Como diz Khalil Gibran:

“Cantai e dançai juntos, e sede alegre; mas deixai cada um de vós estardes sozinho, assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto vibram na mesma harmonia”.